terça-feira, 20 de maio de 2014

Fusões e aquisições recuam entre empresas de mineração

Enquanto as áreas de energia e óleo e gás registraram altas no total de fusões e aquisições no início deste ano, o segmento de mineração observou recuo no número de operações, segundo a KPMG.
De janeiro a março, só uma transação envolvendo mineradoras foi feita no país --é o pior resultado de um primeiro trimestre em cinco anos.
A indefinição sobre o novo Código de Mineração, cuja votação permanece emperrada no Congresso, é uma das principais razões para o esfriamento, diz Paulo Guilherme Coimbra, sócio da KPMG.
"Quando não há um marco regulatório bem definido, há uma dificuldade de as empresas entenderem o que vai acontecer", afirma. "Isso acaba afastando o interesse de investidores, principalmente em novos projetos."
Outra causa é o atual momento do setor, que passa por um período de preços mais baixos, em razão do crescimento menor da economia chinesa, maior compradora do minério de ferro do Brasil.
A área de energia, por sua vez, registrou 13 fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano, um avanço de 160% em relação ao mesmo período de 2013.
O mercado está aquecido por causa da demanda por energia puxada pela falta de chuvas e pelo atraso na entrada de novos projetos de geração, segundo Coimbra.
"O preço da energia está lá em cima e isso favorece o número de fusões entre as companhias", afirma.
As transações envolvendo empresas do segmento de óleo e gás também avançaram nos primeiros três meses --foram nove (alta de 125%).
Os negócios ocorreram sobretudo na compra e venda de participação em direitos de concessão de blocos petrolíferos no país. Folha, 20.05.14