quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Cartel do petróleo busca saída para conter queda da cotação


Grupo se reúne na Áustria para definir se diminui produção

DO "FINANCIAL TIMES"
Às vésperas da reunião da Opep (cartel que reúne grandes produtores mundiais de petróleo), a Arábia Saudita, principal membro do grupo, disse que os países do golfo Pérsico "chegaram a um consenso" sobre os rumos da produção do combustível.
O ministro saudita Ali al-Naimi não disse, no entanto, se o país, o Kuait, os Emirados Árabes Unidos e o Qatar vão defender na reunião desta quinta (27) e sexta-feira (28) um corte na produção do cartel ou se vão mantê-la nos patamares atuais.
A reunião da Opep, em Viena (Áustria), é uma das mais aguardadas desde as realizadas na época da crise financeira global, em 2008, quando o preço do barril chegou a bater seu recorde, US$ 145, em julho, e terminou o ano na casa dos US$ 30.
Desde junho, o preço do barril tipo Brent (negociado em Londres) já recuou 30% e está sendo negociado por cerca de US$ 75, reflexo do aumento da produção por parte dos EUA e a consequente queda nas importações americanas de petróleo.
"Vamos lembrar que a Opep não está sozinha na produção. A produção americana [de petróleo de xisto] começou humilde e agora é um grande integrante do fornecimento global", afirmou Suhail Al Mazrouei, ministro do Petróleo dos Emirados Árabes Unidos.
O ministro minimizou a importância da reunião desta semana do cartel. "Eu acho que não devemos entrar em pânico. Não existe nada que nos leve a isso. Sim, há um excesso de oferta, mas este não é um problema da Opep. O mercado vai consertá-lo."
Ele não disse qual a posição que o cartel deverá tomar no encontro em Viena. Afirmou, no entanto, que a reunião será "um teste" sobre se um consenso pode ser obtido pelo grupo formado por 12 países --entre eles, Venezuela e Equador
Folha, 27.11.2014.

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